AMIZADE

A FAMÍLIA QUE ESCOLHI.

Que magnífico seria se tivéssemos pessoas no nosso convívio as quais pudéssemos contar nossas fragilidades sem julgamento. Alguém que guardasse nossos segredos como quem guarda um diamante, que quando nos vissem num território de tristezas nos redirecionassem pra um lugar onde nossas alegrias estivessem presentes, alguém para recordar lembranças que nos fizessem rememorar de onde viemos. Que falassem das últimas tendências de moda, do batom da moça da série, mas sem etiquetar nossas preferências como um kitsch, respeitando nosso estilo, considerado por muitos “cafona”, por ser nossa identidade. Alguém que respeitasse nossos momentos de introspecção, que lesse nossa necessidade de silenciar. Alguém que gostasse da gente mesmo conhecendo nossos defeitos, que sorrisse pela descoberta de cada qualidade. Alguém que nos aguentasse nos primeiros ímpetos de paixão, ouvindo a mesma história e o mesmo nome inúmeras vezes rsrsrs. 

Claudia Tremblay

Alguém que se sentisse incomodado quando ouvisse outra pessoa falar inverdades a nosso respeito, alguém que tivesse coragem suficiente pra se levantar e ir embora ou mesmo ficar quando ninguém mais quisesse. Que nossa relação não fosse meramente ilustrativa, que não fossemos mais um em meio uma multidão de arrobas e seguidores por termos vínculo, afeto e respeito, coisa de amigos verdadeiros.  Alguém que mudando de cidade ou país, mesmo conhecendo outras pessoas não deixasse se perder pelo meio do caminho o sentimento de lealdade, de companheirismo e que nos reencontros a intensidade do abraço fosse cada vez mais forte, afinal não existe distância que separe uma conexão de alma. 

Alguém que no olhar ou no tom da voz percebesse quando não estamos bem, que tivesse a certeza que pode contar conosco nos momentos de dor e que nos momentos de felicidade não se esquecesse de nossa taça. Alguém que mesmo muito atarefado com suas prioridades reservasse um segundo do seu tempo pra enviar um vídeo que a fez sorrir, pois alegria compartilhada é alegria dobrada. Particularmente pedi muito a Deus por alguém assim, alguém com um pouquinho de mãe que me abençoasse todas as vezes que se despedisse.  Alguém que fosse um porto seguro, com um pouquinho de filha para que eu também pudesse exercer o papel de mãe, com um pouquinho de irmã onde mesmo sem laços sanguíneos eu me sentisse família. Uma pessoa que o interesse por minhas dificuldades não fosse apenas curiosidade, mas sim cuidado, que a mão estendida não fosse permuta, mas sim generosidade. Eu orei por esse alguém e Deus me presenteou com você AMIGA (o), a família que escolhi e que me escolheu. Por: Cigana Mah

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(¯`✿´¯) Astral Cigano 💙

. `•.¸.•´✿‿.•*´¯ ✿Consultoria Esotérica e Terapias Holísticas

Ilustração: Claudia Tremblay

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