Vale apena assistir as séries “You” e “Dirty Jonh”?
Os livros exercem sobre mim um grande magnetismo, mas ler ou assistir a coisas com teor violento definitivamente não é meu programa preferido, mas perante o enfoque psicológico, o contexto e principalmente por alguns consulentes pedirem minha visão sobre o assunto eis-me aqui. Vou começar esse texto deixando meus parabéns e respeitos à Caroline Kepnes por ter escrito o livro que originou a série “You”, a Debra e Terra Newell pela coragem de contarem suas histórias.
A ambientação da série “Você” chamou minha atenção por grande parte do enredo se desenvolver em uma livraria no East Village, bairro de Manhattan em Nova Iorque, já “Dirty John” por ser uma história baseada em recentes fatos verídicos. Ambas estão disponíveis atualmente na provedora global de filmes e séries de televisão via streaming Netflix.
Stalkers não existem apenas nos filmes, infelizmente, eles são reais. Algumas pessoas entram em nossa vida, mas não sabemos como estas reagiriam ao serem convidadas a se retirarem. Conhecer é um verbo carregado de dúvida quando o contexto é o outro, por isso o ideal é nos conhecermos a ponto de saber que nossas atitudes relacionais estão alicerçadas nessa verdade: O outro é um mundo desconhecido e tudo que não conhecemos merece que tenhamos cautela.
Nem sempre o histórico relacional da vida de uma pessoa é violento até porque tudo tem uma primeira vez, mas em muitos casos é recorrente a atitude agressiva, manipuladora e obsessiva. Como coach relacional sob um prisma espiritual já vi muitas histórias semelhantes a tudo que está sendo colocado aqui e posso com toda propriedade dizer a vocês: tenham cuidado e se não confiam num familiar ou num amigo para contar o que estão vivendo procurem ajuda profissional, busquem um psicólogo, muitas vezes o constrangimento ou mesmo o medo de ser julgado são fatores que bloqueiam a iniciativa pela busca por ajuda, mas não tenham vergonha, pois esses profissionais estão aptos a ajudarem sem julgamento, entretanto se perceberem que a risco de vida a Central de Atendimento à Mulher disponibiliza 24 horas o número 180 para denuncias.
John Meehan e Joe Goldberg (personagens centrais das distintas tramas) têm em comum em seu passado uma figura “paternal” doentia e com certeza esse elo foi crucial para despertar o lado sombrio de ambos. O problema de Joe é com quem ameaça os seus planos, já Meehan sente prazer em vê o sofrimento de outras pessoas ainda que estas não sejam ameaça alguma, esse é o ponto que distingue os dois. A mensagem da trama de que criminosos impunes sempre fazem novas vítimas vale a reflexão. Por muitos momentos você poderá julgar as atitudes de Guinevere Beck assim como as de Debra Newell (protagonistas das séries) seja por sua liberdade sexual, por sua exposição no mundo virtual, seja pela falta de percepção em ter se desvencilhado de um relacionamento abusivo enquanto existiam chances de saírem ilesas. Se Joe foi capaz de cativar muitos expectadores, principalmente, por seus momentos de humanidade seja no comportamento com os seus vizinhos: Paco, Ron e Claudia, ou por seu relacionamento aparentemente sadio com Karen, imagine tudo isso na vida real onde sentimentos estão envolvidos.
Há sinais bem perceptíveis quando se está num relacionamento abusivo, porém muitos são camuflados usando como desculpa o cuidado ou merecimento, por exemplo, podemos citar quando o parceiro (a) quer afastar o cônjuge da família, dos amigos, do trabalho, etc. ou mesmo quando agride verbalmente e ou fisicamente usando justificativas infundadas para que o outro pense que merece o tratamento agressivo e indigno. Todas essas táticas que os abusadores usam para manter suas vítimas dependentes de sua vontade podem ser vistas nas séries mencionadas. A dependência afetiva é como um labirinto não é fácil encontrar a saída, por isso quem está próximo deve alertar ao perceber que alguém está caindo nessa armadilha não por obrigação, mas por empatia, claro que com cuidado e sensatez para não se prejudicar.
Não gosto de dá spoiler sobre livros, filmes ou séries, por essa razão não dei detalhes dos capítulos de forma minuciosa, mas gosto de indicar aqueles que por alguma razão chamaram minha atenção, por isso como alerta recomendo que todas as mulheres assistam, não para tornarem-se medrosas, mas para refletirem sobre suas próprias atitudes. Minha visão sobre essa primeira temporada a respeito de ambas as séries é que nem sempre pagamos o preço por nossas escolhas sozinhas, às vezes, quem está perto também paga, portanto a cautela precisa levar em conta esse aspecto.
A ambientação da série “Você” chamou minha atenção por grande parte do enredo se desenvolver em uma livraria no East Village, bairro de Manhattan em Nova Iorque, já “Dirty John” por ser uma história baseada em recentes fatos verídicos. Ambas estão disponíveis atualmente na provedora global de filmes e séries de televisão via streaming Netflix.
Stalkers não existem apenas nos filmes, infelizmente, eles são reais. Algumas pessoas entram em nossa vida, mas não sabemos como estas reagiriam ao serem convidadas a se retirarem. Conhecer é um verbo carregado de dúvida quando o contexto é o outro, por isso o ideal é nos conhecermos a ponto de saber que nossas atitudes relacionais estão alicerçadas nessa verdade: O outro é um mundo desconhecido e tudo que não conhecemos merece que tenhamos cautela.
Nem sempre o histórico relacional da vida de uma pessoa é violento até porque tudo tem uma primeira vez, mas em muitos casos é recorrente a atitude agressiva, manipuladora e obsessiva. Como coach relacional sob um prisma espiritual já vi muitas histórias semelhantes a tudo que está sendo colocado aqui e posso com toda propriedade dizer a vocês: tenham cuidado e se não confiam num familiar ou num amigo para contar o que estão vivendo procurem ajuda profissional, busquem um psicólogo, muitas vezes o constrangimento ou mesmo o medo de ser julgado são fatores que bloqueiam a iniciativa pela busca por ajuda, mas não tenham vergonha, pois esses profissionais estão aptos a ajudarem sem julgamento, entretanto se perceberem que a risco de vida a Central de Atendimento à Mulher disponibiliza 24 horas o número 180 para denuncias.
John Meehan e Joe Goldberg (personagens centrais das distintas tramas) têm em comum em seu passado uma figura “paternal” doentia e com certeza esse elo foi crucial para despertar o lado sombrio de ambos. O problema de Joe é com quem ameaça os seus planos, já Meehan sente prazer em vê o sofrimento de outras pessoas ainda que estas não sejam ameaça alguma, esse é o ponto que distingue os dois. A mensagem da trama de que criminosos impunes sempre fazem novas vítimas vale a reflexão. Por muitos momentos você poderá julgar as atitudes de Guinevere Beck assim como as de Debra Newell (protagonistas das séries) seja por sua liberdade sexual, por sua exposição no mundo virtual, seja pela falta de percepção em ter se desvencilhado de um relacionamento abusivo enquanto existiam chances de saírem ilesas. Se Joe foi capaz de cativar muitos expectadores, principalmente, por seus momentos de humanidade seja no comportamento com os seus vizinhos: Paco, Ron e Claudia, ou por seu relacionamento aparentemente sadio com Karen, imagine tudo isso na vida real onde sentimentos estão envolvidos.
Há sinais bem perceptíveis quando se está num relacionamento abusivo, porém muitos são camuflados usando como desculpa o cuidado ou merecimento, por exemplo, podemos citar quando o parceiro (a) quer afastar o cônjuge da família, dos amigos, do trabalho, etc. ou mesmo quando agride verbalmente e ou fisicamente usando justificativas infundadas para que o outro pense que merece o tratamento agressivo e indigno. Todas essas táticas que os abusadores usam para manter suas vítimas dependentes de sua vontade podem ser vistas nas séries mencionadas. A dependência afetiva é como um labirinto não é fácil encontrar a saída, por isso quem está próximo deve alertar ao perceber que alguém está caindo nessa armadilha não por obrigação, mas por empatia, claro que com cuidado e sensatez para não se prejudicar.
Não gosto de dá spoiler sobre livros, filmes ou séries, por essa razão não dei detalhes dos capítulos de forma minuciosa, mas gosto de indicar aqueles que por alguma razão chamaram minha atenção, por isso como alerta recomendo que todas as mulheres assistam, não para tornarem-se medrosas, mas para refletirem sobre suas próprias atitudes. Minha visão sobre essa primeira temporada a respeito de ambas as séries é que nem sempre pagamos o preço por nossas escolhas sozinhas, às vezes, quem está perto também paga, portanto a cautela precisa levar em conta esse aspecto.
Autoria: Cigana Mah 🌷
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